quarta-feira, 24 de outubro de 2007


Corpo duro que se estende nesta luz forte que desfoca minha realidade bruta e vazia.
Um corpo que se mexe sem sentido, sem ordem e sem desordem. Acaba por deixar registo das coisas que tira e põe, que come e que retira de si mesmo.Acaba por ser ruptura a falta de um pinheiro na floresta de Heidegger ..Mas o Inverno esta a chegar e para a semana a esta hora já é noite e tudo na correria chega mais rápido.Aguardo.Fase de aguardo.Envia, manda, espera, aguarda, não chega,.não chega para ninguém, não chega para nada,,, o corpo esta pesado e a expressão corporal sem efeito.
18 de Outubro 2007

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

BOLO DE ARROZ

MARTA RIBEIRO - Galeria Novo Século

Não se trata do sonso do queque, nem do típico pastel de nata, mas podia ser uma questão de pastelaria.
O nome abre o apetite para exprimentar o que "pinta" por ali e confirma-se que quem compra uma tela leva para casa um Bolo de Arroz. Mas fora o brinde, é tudo um questão de pintura
Tem algo de doce , e qualquer coisa de preverso. Convoca espíritos e fantasmas mas sente-se que é físico e humano. Tem uma delicadeza pastel nos rosas e nos azuis, por outro lado há ali uma ousadia diabólica nas pinceladas de vermelho e roxo. Ora parece uma dança culpada, ora se descobre uma inocente tragédia. Provoca uma estranheza perfeita e uma tranquilidade histérica .
É desconfiar da " Mulher Galinha", gostar de "Eram duas amigas ", repudiar " Fiambre " e apaixonar-se pela " Cabra Cega e o Namorado" . Marta Ribeiro explica que é tudo uma questão de "intensidade da intenção intensiva" .
Da próxima vez , ela vai oferecer um palmier, depois um suspiro . Se continuar assim , a pastelaria vai virar uma séria questão de pintura .

VERA PENEDÂ - TIME OUT Lisboa - Nª1

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

sexta-feira, 21 de setembro de 2007


Exposição "Bolo de arroz " na Galeria Novo Século até 9 de outubro 2007






JUNHO-cafe vinil


terça-feira, 18 de setembro de 2007

Exposição de pintura "Bolo de Arroz"

Marta Ribeiro


Galeria Novo Século
Rua do Século, 23 A/B 1200-433 Lisboa
Horário:terças a sábado 14h00 »19h00
15 de Setembro » o9 de Outubro
2007

"Homem pássaro no fundo da gruta", 50x70, óleo s/tela, 2007

Pasta de Enchimento, 30x30, óleo s/ tela, 2007

"Albuns", 40x35, tinta da china s/ pvc, 2006

"Puzzel", 30x40, técnica mista s/ papel, 2006

Galeria Municipal Castelo de Pirescouxe

O Presidente da Câmara Municipal de Loures, Engº Carlos Teixeira, tem a honra de convidar V.Exª a estar presente na inauguração da exposição de Pintura de Marta Ribeiro, a ter lugar na Galeria Municipal do Castelo de Pirescouxe, Santa Iria de Azóia, no dia 1 de Outubro de 2005, pelas 17 horas.




"Graça de Deus", 194x130, óleo s/tela, 2005






"Cabra Cega de onde vens?", 194x146, óleo s/tela, 2005






No dia da inauguração celebrou-se o casamento de "Cabra Cega" com "Graça de Deus".

O casamento entre 2 pinturas.












segunda-feira, 10 de setembro de 2007




Intensidade da intenção, intensiva, levada aos extremos, deixada em virgem e contaminada, intoxicada por doces e fúteis representações de quem elas representam. São fofinhas, parecem nuvens de algodão inexistentes, desde o momento que não as fazeis existir .Olhai para eles e dizei que fofinho. São lindas, são feias, são elas próprias. Quais fantasmas sensoriais, é um homem !
Como te prostituis com o encantamento belo de tua brutalidade visual, é um encanto o desencontro entre um rosto e uma atitude. Ficam estéricas, colocando-se num ponto em que o divino e o subtil olhar angélico as eleva aos braços de um marido arrepiado de gritos. Mas o chão é frio, e das profundezas de uma sala, por de trás do sítio exacto, vertical, onde um homem de boca cheia falava a rir, surgiu uma múmia bem perto do local onde a cópia e a piada sem encontro se instalaram. Lindas as flores dos canteiros enquadrados em jardins .16 de Novembro , 2006, Chiado, Céu muito nublado, diminuindo de nebulosidade a partir da manhã .Chuva por vezes forte passando a regime de aguaceiros fracos que serão de neve nas terras altas acima dos 1500m. Condições favoráveis a ocorrência de trovoada até ao inicio da manhã. Vento moderado soprando temporariamente moderado a forte no litoral e forte com altas. E com tudo isto uma roda desenhada no chão a giz branco, uma menina lindíssima com umas boas pernas estava lá dentro a dançar endoidecida pelos tais esterismos masculinos. Ela um dia morreu, foi ai que flores coloridas lhe foram oferenda. Ela nesse dia chorou, foi a emoção.
Oh bonequinha, andas aí sozinha! Macacos me mordam, pessoas a apanharem-se e a esconderem-se, é uma macacada pegada. Viva, quem nunca correu na loucura transiunda das street de la city. Andam aí três mulheres. Com qual delas casavas? O pregão mantém-se, o ouro passou a sujo , num desabrochar de incertezas e paradoxos perante a sua convidada. Dentro das paredes grossas e frias de um converto, juntamente se convergem no seu próprio encontro, doces crianças desaparecidas de meu olhar. A campainha esta lá, mas não toques, senão os bebes acordam e podem chorar. As rezas são ensinamentos para a morte. Uma dança, uma tragedia, uma ópera e assim vai-se construindo um gorro de algodão durante todo o tempo de representação, acaba tudo branco, cor do algodão no espaço iluminado por um followspot. Algumas pessoas batem palmas de entusiasmo ou rigor teatral e esperam nova encenação.
Quem pôs aqui estes lindos balões?! Adormecidos, enterrados, desassossegados, no degrau na exigência do silêncio, ouve-se uma cidade muda a noite, e de manhã no autocarro, caminham para os hospitais e cemitérios que existem. Sempre: o menos possível breve. Vamos jogar. Grades para quê? Entra no jogo da conquista das pequenas mortes acetinadas, fúteis as horas marcadas, azedadas por falta de frio. Em plena gasolineira, apresentando-se ao publico, com a tal forma. Doces os cães, que agradando seus donos se deixam envelhecer, sobre carcaças de pão fresco, que chega sempre as 7 horas da manhã. Nota-se os dedos de quem gosta de remexer e enfia-los no meio de água com ovos e farinha, óleo ou manteiga para besuntar. O remexer do bolo mármore em cru, os enfeites ou feitíos que se desfazem e sujam cada vez mais, com o passar dos dedos divertidos. Assegura-se a existência de mais uma cabeça, pensante e exigente, entre todos nós. A nossa cabeça como mais uma em diversão e difusão, a divergir por frestas de portas fechadas. O túnel, onde passas todos os dias, à ida e à volta perdida, de quem prefere ficar em casa.
Naquele dia viste o filme, perdeste foi os percursos da ida e da volta, valeu, foi diferente.
Há quem fale em fazer operações plásticas em seus rostos , por falta de beleza ou para correção de imperfeições ou mesmo disfarces. A multidão de gente que se vê, uns morrem outros parecem dormitar, as bolinhas que saem daquela coisa, somos nós nus ,que gritamos como os loucos no meio da multidão. Materialista, a nuvem de ar está esmagada, deixa essa coisa. Eu sei. Mas largue-me, não consegues dormir? Loucos os teus actos insatisfeitos, que me insatisfazem, estão esmagados, é pouco para nós. É o preto, é a hora, são os moveis. Saia.
"Múmia", 130x195 , óleo s/ tela, 2006

"Filmes" ,230x195 , óleo s/ tela, 2006


"Rostos", 195x230, óleo s/tela, 2006


"Três Tagarelas", 130x195, óleo s/tela, 2006


"A Puta",100x100,óleo s/tela, 2006


"Porcão", 195x230, óleo s/tela, 2006


"Peça Teatral", 150x150, óleo s/tela, 2006

"O Pai da Sereia", 100x120, óleo s/tela, 2006


"O Orfanato", 195x230, óleo s/tela, 2006


"O Funeral da Puta", 150x195, óleo s/ tela , 2006


" A Mulher Galinha", 100x100, óleo s/ tela, 2006


"Horóscopos", 150x195, óleo s/tela, 2006

"Cómoda", 166x160, óleo s/tela, 2006

"Fiambre",167x210, óleo s/tela, 2006

"Cozinha", 180x210, óleo s/ tela, 2006


"Eram duas amigas"; 130x195, óleo s/ tela , 2006

"Óh Bonequinha" , 150x195, óleo s/ tela, 2006


" O Aniversário" , 195x230, óleo S/ tela, 2006
" A Dalmata", 130x195, óleo s/ tela, 2006