segunda-feira, 10 de setembro de 2007




Intensidade da intenção, intensiva, levada aos extremos, deixada em virgem e contaminada, intoxicada por doces e fúteis representações de quem elas representam. São fofinhas, parecem nuvens de algodão inexistentes, desde o momento que não as fazeis existir .Olhai para eles e dizei que fofinho. São lindas, são feias, são elas próprias. Quais fantasmas sensoriais, é um homem !
Como te prostituis com o encantamento belo de tua brutalidade visual, é um encanto o desencontro entre um rosto e uma atitude. Ficam estéricas, colocando-se num ponto em que o divino e o subtil olhar angélico as eleva aos braços de um marido arrepiado de gritos. Mas o chão é frio, e das profundezas de uma sala, por de trás do sítio exacto, vertical, onde um homem de boca cheia falava a rir, surgiu uma múmia bem perto do local onde a cópia e a piada sem encontro se instalaram. Lindas as flores dos canteiros enquadrados em jardins .16 de Novembro , 2006, Chiado, Céu muito nublado, diminuindo de nebulosidade a partir da manhã .Chuva por vezes forte passando a regime de aguaceiros fracos que serão de neve nas terras altas acima dos 1500m. Condições favoráveis a ocorrência de trovoada até ao inicio da manhã. Vento moderado soprando temporariamente moderado a forte no litoral e forte com altas. E com tudo isto uma roda desenhada no chão a giz branco, uma menina lindíssima com umas boas pernas estava lá dentro a dançar endoidecida pelos tais esterismos masculinos. Ela um dia morreu, foi ai que flores coloridas lhe foram oferenda. Ela nesse dia chorou, foi a emoção.
Oh bonequinha, andas aí sozinha! Macacos me mordam, pessoas a apanharem-se e a esconderem-se, é uma macacada pegada. Viva, quem nunca correu na loucura transiunda das street de la city. Andam aí três mulheres. Com qual delas casavas? O pregão mantém-se, o ouro passou a sujo , num desabrochar de incertezas e paradoxos perante a sua convidada. Dentro das paredes grossas e frias de um converto, juntamente se convergem no seu próprio encontro, doces crianças desaparecidas de meu olhar. A campainha esta lá, mas não toques, senão os bebes acordam e podem chorar. As rezas são ensinamentos para a morte. Uma dança, uma tragedia, uma ópera e assim vai-se construindo um gorro de algodão durante todo o tempo de representação, acaba tudo branco, cor do algodão no espaço iluminado por um followspot. Algumas pessoas batem palmas de entusiasmo ou rigor teatral e esperam nova encenação.
Quem pôs aqui estes lindos balões?! Adormecidos, enterrados, desassossegados, no degrau na exigência do silêncio, ouve-se uma cidade muda a noite, e de manhã no autocarro, caminham para os hospitais e cemitérios que existem. Sempre: o menos possível breve. Vamos jogar. Grades para quê? Entra no jogo da conquista das pequenas mortes acetinadas, fúteis as horas marcadas, azedadas por falta de frio. Em plena gasolineira, apresentando-se ao publico, com a tal forma. Doces os cães, que agradando seus donos se deixam envelhecer, sobre carcaças de pão fresco, que chega sempre as 7 horas da manhã. Nota-se os dedos de quem gosta de remexer e enfia-los no meio de água com ovos e farinha, óleo ou manteiga para besuntar. O remexer do bolo mármore em cru, os enfeites ou feitíos que se desfazem e sujam cada vez mais, com o passar dos dedos divertidos. Assegura-se a existência de mais uma cabeça, pensante e exigente, entre todos nós. A nossa cabeça como mais uma em diversão e difusão, a divergir por frestas de portas fechadas. O túnel, onde passas todos os dias, à ida e à volta perdida, de quem prefere ficar em casa.
Naquele dia viste o filme, perdeste foi os percursos da ida e da volta, valeu, foi diferente.
Há quem fale em fazer operações plásticas em seus rostos , por falta de beleza ou para correção de imperfeições ou mesmo disfarces. A multidão de gente que se vê, uns morrem outros parecem dormitar, as bolinhas que saem daquela coisa, somos nós nus ,que gritamos como os loucos no meio da multidão. Materialista, a nuvem de ar está esmagada, deixa essa coisa. Eu sei. Mas largue-me, não consegues dormir? Loucos os teus actos insatisfeitos, que me insatisfazem, estão esmagados, é pouco para nós. É o preto, é a hora, são os moveis. Saia.

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu queria estes desenhos, são excepcionais.

Anónimo disse...

Escreves muito bem. Os desenhos são muito giros.